Opinião

Tudo indica que mercados seguirão sem abrir aos domingos em Santa Maria

Foto: Eduarto Tesch/ Diário

Apesar de pesquisa feita pela Faculdade Integrada de Santa Maria (Fisma) apontar que 64% da população é a favor da abertura dos supermercados aos domingos, não há indicativo algum de que o sindicato dos donos de mercados da cidade (Sindigêneros) irá mudar de ideia e voltar a abrir nesse dia da semana, segundo fontes da coluna. A convenção coletiva que vigorou nos últimos dois anos está acabando agora e previa apenas o uso de mão de obra em feriados, mas não aos domingos. Com isso, o feriado de Corpus Christi, na quinta passada, foi o último com funcionamento dos supermercados previsto no calendário aprovado em junho de 2016. Neste mês, sindicatos de comerciários e de supermercados devem ter reuniões e assembleias para definir como será o calendário de abertura a partir de julho.

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No fim das contas, pesa a decisão da maioria dos donos de médios e pequenos supermercados da cidade, que têm a maioria dos votos na assembleia do Sindigêneros e são contra a abertura em domingos. Eles vencem as votações, pois só grandes supermercados de fora e alguns locais são a favor de abrir. Em geral, isso é pouco comum, pois na grande maioria das cidades brasileiras, os empresários querem ter liberdade para abrir o máximo de tempo possível. Essa postura contra a abertura em Santa Maria é duramente criticada pela Fecomércio-RS, que defende a liberdade para o comércio.

ABRIR EM DOMINGOS NÃO É SALVAÇÃO, MAS SERIA UM PASSO

Abrir os supermercados aos domingos não vai solucionar todos os problemas da economia de Santa Maria, mas seria um passo a mais para atrair maior número de consumidores para a cidade - até porque Santa Maria depende muito do comércio e estamos enfrentando uma crise na economia, quando qualquer aumento de receita é bem-vindo.

O principal argumento dos mercados favoráveis ao fechamento é que havia muita rotatividade e insatisfação dos funcionários por ter de trabalhar em domingos, o que gerava impactos negativos e nos custos e nas escalas das empresas, que precisavam dar folga em dias de semana.

Na semana passada, houve um avanço, pois a convenção dos funcionários de lojas foi aprovada com uma mudança importante: a permissão para usar mão de obra em quatro feriados no ano, com pagamento extra de R$ 65 e uma folga. Até então, o Sindicato dos Comerciários nem cogitava essa hipótese, mas a proposta foi aprovada e já entrou em vigor. E daí cada loja fica livre para abrir ou não, se achar se vale ou não a pena. Essa mesma liberdade deveria ser dada aos supermercados, para que cada empresa pudesse escolher o que é melhor - dessa forma, haveria ao menos parte dos mercados abertos nos domingos. Proibir é um retrocesso gigante.

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